A subjetividade tem andado pelas ruas da amargura. Qual pe dinte à fome numa rua escura e fria. Pedinte que pede todos os dias a cada um de nós para que a escutemos. No fundo, para que nos escutemos. Não que seja pobre, bem pelo contrário. Porém, quem está apto a reconhecer toda a sua riqueza e esplendor, a viajar nas dimen sões que ela compreende e para as quais nos convida? A escutar a sua quase inaudível voz, que como brisa nos sussurra e ecoa no vazio (lugar por preencher)? Que nos transporta a lugares vazios ainda, não tão cheios de certezas, porém férteis em possibilidades. Qual mistério velado, qual penumbra, qual fl uente silêncio, qual espanto? É justamente a esta escuridão (no sentido de que não se vê), este desconhecido, este lugar não óbvio, não tão visível, que não terá uma foto no Instagram, que não terá perfi l no Facebook, pior ainda, que não aumentará a conta bancária, que ela que nos con voca. Mas se não está nas redes sociais não deve existir... e se não dá dinheiro que interesse pode ter? É por aí que vamos viajar nas linhas que se seguem